A indústria brasileira registrou queda de 1,2% no faturamento entre abril e maio, segundo os Indicadores Industriais divulgados nesta segunda-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). É o terceiro mês consecutivo de retração no indicador, o que provocou um encolhimento de 1% no faturamento industrial do trimestre encerrado em maio, em comparação com o trimestre anterior. Para a CNI, o cenário reflete a perda de dinamismo da atividade econômica.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da entidade, Marcelo Azevedo, a demanda por produtos industriais vem diminuindo, impactando a produção e a receita das empresas. Apesar da retração, Azevedo avalia que 2025 ainda será um ano positivo para a indústria, mas com crescimento inferior ao registrado em 2024.

Em contraste com o recuo no faturamento, alguns indicadores do mercado de trabalho apresentaram leve recuperação. O emprego subiu 0,1% em maio, após registrar a primeira queda em 18 meses no mês anterior. No trimestre, a alta acumulada foi de 0,4%. O número de horas trabalhadas na produção também avançou 0,8% em maio, interrompendo dois meses seguidos de queda. Ainda assim, no trimestre, houve recuo de 0,4%.

Já a massa salarial e o rendimento médio dos trabalhadores recuaram. Em maio, a massa salarial caiu 3,9%, revertendo parte da alta de 4,9% registrada em abril. O rendimento médio também teve retração de 3,8% no mês. No acumulado do trimestre, ficou 0,8% abaixo do período anterior. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) teve leve alta de 0,3 ponto percentual em maio, chegando a 78,5%, mas ainda abaixo do resultado do trimestre anterior.

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