A indústria brasileira soou o alarme após o anúncio de Donald Trump sobre a aplicação de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos vindos do Brasil. Em resposta, a CNI convocou uma reunião de emergência com presidentes de federações industriais de todo o país para avaliar o impacto da medida, considerada uma retaliação política com potencial destrutivo para a economia nacional.
Durante o encontro virtual, que contou com a presença da secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, o setor produtivo defendeu um prazo mínimo de 90 dias antes da implementação das tarifas. O objetivo é ganhar tempo para negociações diplomáticas e uma análise mais detalhada dos efeitos da medida, que pode paralisar exportações e encarecer insumos.
A estimativa preliminar apresentada é preocupante: a perda de até 110 mil empregos diretos e impactos significativos no PIB brasileiro. Empresários e dirigentes reforçaram a necessidade de diálogo técnico, equilíbrio institucional e preservação das relações comerciais com os EUA, maior parceiro econômico do país.
A secretária do MDIC garantiu que as preocupações do setor serão encaminhadas ao governo. A indústria, por sua vez, segue mobilizada para conter os danos e proteger os empregos e contratos que podem ser afetados se o tarifaço avançar.