A indústria nacional fechou o terceiro trimestre de 2025 praticamente parada, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A produção industrial manteve-se estável, mas os estoques cresceram e o número de empregados caiu. Em setembro, o índice de produção ficou em 50,1 pontos, sinalizando estagnação, enquanto o de emprego recuou para 48,9 pontos, indicando redução nos postos de trabalho.

O acúmulo de produtos em estoque reforça o cenário de fraqueza da demanda. De acordo com a CNI, a utilização da capacidade instalada segue em 70%, abaixo do patamar de 2024. Além disso, a satisfação financeira das empresas e o acesso ao crédito continuam abaixo de 50 pontos, evidenciando um ambiente de dificuldades. Para os empresários, os principais obstáculos são a elevada carga tributária, a demanda interna insuficiente e as altas taxas de juros.

Apesar do quadro negativo, há sinais tímidos de otimismo. A intenção de investimento subiu para 54,8 pontos e a expectativa de demanda alcançou 52,5 pontos. No entanto, as projeções para exportações seguem abaixo da linha de 50 pontos, apontando para queda nos próximos meses. Já a previsão de novos empregos e de compras de matérias-primas recuou levemente, reforçando que o setor ainda enfrenta incertezas à frente.

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