A produção industrial brasileira registrou leve alta de 0,1% em junho de 2025, após dois meses consecutivos de queda. Mesmo com o avanço, o setor não compensou o recuo acumulado de 1,2% em abril e maio. O nível atual de produção ainda está 15,1% abaixo do recorde de maio de 2011, embora se mantenha 2,0% acima do patamar pré-pandemia. O desempenho foi puxado por 17 das 25 atividades industriais, com destaque para veículos automotores (2,4%) e metalurgia (1,4%), mas setores como alimentos e derivados do petróleo continuaram em queda.

Na comparação com junho de 2024, a produção industrial caiu 1,3%, com retração em 12 dos 25 ramos industriais e em duas das quatro grandes categorias econômicas. Produtos alimentícios e combustíveis puxaram os resultados negativos, impactados pela menor produção de açúcar, carnes, álcool e derivados de petróleo. Por outro lado, houve crescimento em áreas como indústrias extrativas (3,8%), manutenção de máquinas (14,2%) e produtos de borracha (5,0%), refletindo um desempenho mais dinâmico em segmentos específicos.

No acumulado do segundo trimestre de 2025, a indústria cresceu 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior, mas perdeu ritmo em relação aos trimestres anteriores. Três das quatro grandes categorias econômicas apresentaram desaceleração, com destaque negativo para bens de consumo semi e não duráveis, que passaram de alta de 1,3% para queda de 5,9%. A exceção foi o setor de bens intermediários, que cresceu 3,0%, o maior avanço desde 2021, mostrando alguma resiliência em meio à desaceleração geral da atividade industrial.

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